O "feudo" de nome Senado, o Partido do Mais De um Bilhão e os negócios bilionários do Eunicio

O "feudo" peemedebista do Senado terá "Índio" no comando, codinome de Eunício na planilha de propinas da Odebrecht

Por Fernando Lobato_Historiador



Nenhum Projeto de Lei avança no Brasil sem o aval do Senado. Isso acontece porque nosso Legislativo é bicameral, ou seja, formado por duas casas, sendo uma – a Câmara – , em tese, a representação do povo e a outra -  o Senado – a representação das 27 unidades federadas à União, ou seja, dos 26 estados mais o distrito federal.  Para que uma norma se torne legal, portanto, é absolutamente necessária a sua aprovação nas duas casas. O Senado, formado por 81 membros eleitos, ou seja, 3 de cada unidade federada,  na hierarquia de poder do país,  está logo abaixo da Presidência da República pela sua importância estratégica. Quem preside o Senado, portanto, está no controle de muita, mas muita coisa mesmo, de interesse de brasileiros e de não brasileiros – principalmente de bilionários que tem negócios no país.

A segunda instância de maior poder no país é um “feudo” estratégico que garante a submissão e os bons modos do “rei” ou “rainha” instalado no Palácio do Planalto. E o “feudo” de nome Senado tem sido um reduto a serviço do PMDB desde a “coroação” de Sarney em 1985 (ver aqui). Sarney, aliás, depois de seu “reinado” de 5 anos, virou senhor habitual do "feudo" e, por quatro vezes, foi seu dirigente máximo:  1995-1997 no “reinado” de FHC, 2003-2005 no de Lula e de 2009-2011 e 2011-13 no de Dilma. Se um partido quiser desfrutar de grande poder mesmo sem dirigir o Planalto, basta ter o controle do Senado Federal. Sem condições de vencer uma eleição presidencial desde o fim do regime militar, esta tem sido a tática adotada, até o ano passado, pelo mais maquiavélico partido de nossa fase histórica atual: O PMDB (Partido do Mais de um Bilhão).

Seja pelo valor das obras que realiza quando chefia o Executivo em Ministérios, Governos Estaduais e Prefeituras de grandes capitais, seja pelas somas movimentadas em negócios privados por sua casta senhorial, o termo "Partido do Mais De um Bilhão" é mais do que adequado. Obras como a usina de Belo Monte, no Ministério de Edison Lobão nas Minas e Energia, por exemplo, que vai ficar acima dos 30 bilhões ou a da ponte Manaus-Iranduba, na gestão de Eduardo Braga no Governo do Amazonas, que ficou em torno de 1,2 bilhão comprovam a correção do termo. Essa última,  por sinal, é alardeada como uma das mais caras já construídas no mundo, considerando-se a sua extensão de apenas 3,6 Km (ver aqui). Na gerência do "Poder Público", os peemedebistas também costumam superar a cifra de um BI em seus negócios particulares, sendo esse o caso do novo presidente do "feudo" Senado: Eunício Oliveira, codinome ÍNDIO nas planilhas de propinas da Odebrecht (ver aqui).


Além de várias vezes delatado na Lava-Jato, Eunício ostenta um cartel de negócios que salta aos olhos  porque é fruto de contratos com o mesmo poder que diz representar: o público. Não tenho dados da fortuna pessoal de Sarney e Renan, “senhores feudais” de tradição no Senado, mas ouso dizer que os tais devem estar com uma ponta de inveja do Eunício, visto que este se dá ao luxo, inclusive, do desfrute pessoal, além de  jato particular,  de fazenda com aeroporto privativo (ver aqui e aqui). Para entender a boa condição econômica de Eunicio basta dar uma olhadinha nas cifras movimentadas por suas empresas (ver aqui). Que crise é esta que não afeta o patrimônio de Vossas Excelências?. Que "fermento" é esse que faz elas crescerem tanto? Alguém arrisca um palpite?

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